quarta-feira, 7 de abril de 2010

“Morais” de uma Semana Santa.



Volto a escrever muito mais cheia de indagações do que “conclusões” ou “morais” propriamente ditas.

Quarta-feira, dia 31 de Março, acontece o Pré-Lançamento do Museu da Moda de Caruaru. Um desfile com criações diversas, de estilistas e estudantes da região do agreste.  Pela liberdade dos temas, muitas composições de uma tremenda criatividade foram apresentadas. Do jeans ao plástico, do regional ao high tech... Um espetáculo para os olhos! Terminado o desfile, feita a pose para a foto, as pessoas da moda se dispersaram. Menos a dúvida, essa ficou e me acompanhou até hoje: O que é, ou o que será O Museu da Moda de Caruaru?  Isso sem falar na efemeridade e na aparência frívola do evento em si. Essa afirmação vem da falta de sentido “comercial”, da relação de compra e venda, do show pelo show e só... (Desculpem-me, mas o capitalismo já tomou conta de mim. E não me julguem mal, porque também já se apossou de você – assunto para outro texto.). Os estudiosos da Moda, como fenômeno sócio-cultural, defendem sempre que ela seja dissociada de palavras como “efêmera” e “frívola”, já por outro lado os profissionais da Moda não fazem outra coisa senão deixá-la na esfera das “aparências”. Seria proposital?!

Sexta-feira, dia 02 de Abril, Show de 14 Bis. Um milagre na Semana Santa de Caruaru. Quatorze motivos para pedir bis:

1. Banda de tradição;

2. Solos de guitarra sensacionais;

3. Letras cheias de conteúdo;

4. Charme da maturidade dos integrantes;

5. Ouvir Planeta sonho;

6. “Amigo é coisa pra se guardar...”;

7. Primeira vez da Banda por essas bandas daqui;

8. Ouvir Caçador de Mim;

9. Melodias que fazem bem aos ouvidos;

10. Aquele sotaque mineirinho;

11. Repertório eclético;

12. “Mas é claro que o sol...” até Renato Russo;

13. Você bate cabeça e também dança juntinho;

14. Ser singular e ao mesmo tempo ser 14!

Sábado, dia 03 de Abril, uma via cruzes pela saúde de Caruaru.
Resumo: Um acidente doméstico – um caco de porcelana perfura minha panturrilha. Um corte pequeno, mas fundo; perco sangue; meus pais, graças a Deus estão a caminho; Vamos à farmácia, nos indicam um hospital porque preciso levar pontos; Casa de Saúde Bom Jesus, 1ª parada, lá não fazem esse procedimento, indicam um policlínica, até que um pessoa surge e diz “Regional, policlínica não faz isso”; Hospital Regional do Agreste: Filme de terror! Médicos “mortos”, apáticos, entorpecidos pela desgraça humana; mandam-nos para uma sala, depois pra outra e enfim um corredor; O Corredor: Enfermos para todos os lados, em cima de papelão, no chão, de improviso...  Choramos e, só assinando um termo de responsabilidade, fugimos de lá sem o atendimento que precisávamos. Uma idéia: Hospital Santa Efigênia. “Passa-se o cartão. Uma Sutura não deve ser tão cara”. Agilidade, prestimosidade. Um médico muito gentil de imediato faz o atendimento, que dura menos de 10 minutos. Uma anestesia, dois pontos, uma faixa, gaze, fita adesiva hospitalar, soro: R$ 77.00. Uma gentileza médica: R$ 200,00. Nem cartão, nem débito automático, dinheiro... Minha mãe tinha talão de cheque.

Desespero e falta de informação custam caro. Existem dois tipos de assalto: Assalto a mão armada e...

Fim.

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