"A Fantasia é essencial na vida"
Essa foi a frase que chamou minha atenção. Da revista Época, edição de 3 de maio de 2010. Trata-se de uma citação de uma entrevista concedida por Terry Gilliam, diretor de, entre outros filmes, "Os Irmãos Grimm", e mais atualmente de "O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus".
A entrevista toda é muito interessante. Nela encontrei várias Morais...
A Época afirma que o filme de Dr. Parnassus contém uma critica à sociedade de consumo e pergunta a Gilliam se ele acha o consumismo ruim, ele responde que As pessoas já não vivem por si mesmas e que parece que o único mundo possível para os seres humanos é o do hiperconsumismo.
Quando perguntado se se o gosto pela grande arte decaiu neste século, ele responde que as pessoas perderam o foco e que o interesse pela arte hoje é mais comercial do que essencial... O padrão do gosto ficou mais cínico e superficial.
A seguir, a Época pergunta por que em seus filmes a fantasia subverte a realidade? Não é escapismo? Ele responde que não. A fantasia é uma coisa fundamental na vida, decisiva em todas as atividades humanas. Diz que os grandes saltos científicos surgem da imaginação e da fantasia, e que a ciência progride por meio de saltos poéticos. Ele ainda critica a internet, dizendo que ela - meios de comunicação de forma geral - cria um falso contato com a realidade.
E por fim, quando perguntado se a internet não abriu uma janela para o mundo, diz que até certo ponto sim, mas se agente não toma cuidado, ela nos transforma em pontos de uma enorme rede. Eu não quero ser só um ponto, prefirro ser eu mesmo, off line. Sou um cara ecológico, que gosta do mundo real e da fantasia... inteligente (Gilliam falando de si mesmo).
Bem, o conheço muito pouco. Assisti o filme de Dr. Parnassus meio que a contragosto a pedido do meu irmão, e me surpreendi - positivamente - com o espetáculo na tela... Figurino, atuações, cenário, linguagem... Por outro lado, confesso que não me pareceu uma história fácil, compreensível. De fato, é preciso ter muita imaginação para apreendê-la, mas não por isso torna-se menos exuberante! Recomendo. Recomendo até para mim mesma, pela riqueza de detalhes sempre se deixa passar algo... !
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