quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Senhoras e Senhores... !


Todo mundo vive de "aparências". Seja ela boa ou mal, forçada ou espontânea. Por isso não existe, na prática, esse ditado "eu não vivo de aparências"  a não ser pela força da expressão quando se quer dizer "não finjo ser o que não sou". Ainda há ressalvas quanto a esse último, mas nos concentremos na "aparência" no sentido literal. Não precisa ir muito longe (pegue o dicionário ao lado) para entender que sim, nós, seres humanos, racionais, somos constituídos de forma, figura, vestígio, fingimento, disfarce, semelhança, quimera, ilusão... E salva as aparências, encobrimos, disfarçamos ações ou circunstâncias que podem merecer reparo ou provocar desconfiança (Fonte: Dicionário Brasileiro Globo, 1991).
Então o que moralizo aqui não é "viver de", mas "sucumbir a" a cultura das aparências. Vestir um personagem 24h por dia faz do indíviduo simplesmente isso: um personagem e não uma personalidade. A exemplo disso, lembro algo curioso: As frases curtas de status do orkut, twitter, facebook e afins. Nesse espaço, todos querem ser poéticos, cultos, irreverentes, inteligentes e tudo isso pra quê? Por quê?
Porque há platéia. Simples assim (ou não).

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